Este ano é bissexto. Minha impressão é que faz muito mais que quatro anos que não temos um ano bissexto, mas, obviamente isso é apenas a minha impressão. Ano bissexto… Se sou eu a dar um jeitinho pra acomodar as coisas porque a conta não fecha vão dizer que sou mesmo muito ruim em matemática. Mas estipular que o ano tem 365 dias e às vezes tem 366, ah, tudo bem. Fico me perguntando quem ia notar essa sobrinha a cada ano. Não era mais fácil deixar por isso mesmo? O que isso muda na vida da gente? Pra que fazer as pessoas que nascem num fatídico 29 de fevereiro terem que ficar mudando o dia do aniversário?
Acho sempre muito divertidas essas convenções de calendários e horários que levamos tão a sério. São apenas convenções. Inventa-se o horário de verão e, pronto, meio-dia não é mais meio-dia e sim onze horas. Poderíamos inventar outros horários e transformar nove da manhã em meio-dia (talvez com isso eu até emagrecesse, pois ia almoçar menos, já que não tenho fome de manhã). Uma virada de 23h59 para 0h e, voilà, temos um novo ano e tudo é novo. Precisamos nos ver este ano ainda! Não quero deixar nada pro ano que vem. Só temos essa angústia em dezembro, nunca precisamos nos ver ainda em maio. Olha que eu adoro réveillon, mas que isso é meio (?) ridículo, é.
No entanto o assunto aqui é o ano bissexto, aquele que ocorre a cada quatro anos. É por causa dele que chamamos de bissexto aquilo que não tem muita constância, como a cronista que sou. Bissexta. Escrevo hoje, volto sei lá quando. Já fui constante, tinha o site Artigo definido e escrevia toda semana. Hoje não mais, hoje sou assim, bissexta. E calhou de vir agora, num ano bissexto, a decisão de voltar à constância. Eu falei decisão, mas será decisão mesmo? Será que isso está realmente decidido? Será que vou conseguir manter a decisão? Ou será só mais um impulso, um desejo? Em 2028 saberemos.